sexta-feira, 18 de novembro de 2011

O CAMINHO DAS ONÇAS AMAZÔNICAS


CORRA  E SENTE NA BEIRA DA ESTRADA

Você já se sentiu preso alguma vez tentando resolver alguma coisa, esforçando-se, dando o melhor de si e, mesmo assim, não ter o resultado que queria? Ou mesmo ter a sensação de que você tem todas as possibilidades de resolver, mas não tem mais tempo, seu prazo já se esgotou? Já esteve em uma situação em que o sentimento é "Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come?" e por mais que queira se salvar não consegue enxergar a luz no fim do túnel?
Isto me faz lembrar a história,  que  corremos de uma onça imaginária na mata!
Estávamos nós, em uma estrada totalmente desconhecida, achando que era uma estrada para chegar na pousada do tio Luizinho,  em Alter do Chão.
Depois de percorrermos vários quilômetros, entramos numa entradinha e ladeira abaixo com o caminho de areia de praia. 
A descida foi maravilhosa.
Chegamos num grande portão de madeira e não tinha cadeado, desconfiados e com medo de cachorros bravos, abrimos devagarinho o grande portão e fomos entrando mais devagar ainda. Chamamos, gritamos por alguém e nada de som nem pessoas por ali.
Entramos no carro e começamos a subida no caminho de areia, pouquíssimos  minutos o carro foi sentando na areia,  afundando e o motor berrando, como quem avisava. Parem... Eu não aguento mais...
Saímos todos do carro e na primeira análise fomos logo vendo a situação difícil.
Caminho deserto, silêncio mortal,  só mato e bichos gritando,  pássaros cantando para assustar mais ainda.
Se fosse ao menos uns cantos de pássaros que nos animasse, mas não eram cantos estranhos, como se fossem avisos para outros bichos, "...Tem gente na área"...
Meu filho, falou, voces peguem as crianças e vão andando, que vou tentar tirar a areia debaixo desse carro com as mãos.
Eliana, minha irmã, Lucas, João guilherme, Paola (meus netos) e eu.
Traçamos um rumo e fomos adiante na subida mais difícil que ja caminhei.
Areia pesada para caminhar. 
Com a Paola no colo e ja nas úlitmas sem preparo fisico nenhum para fazer trilha, ainda mais sem água, nenhuma bolacha para dar uma energizadas nas crianças.
Mas eles foram os heróis dessa história. Coloquei a Paola no chão e os três começaram  a caminhar.
Nunca fiz uma caminhada tão longa e para os meninos aquilo era uma aventura nas selvas amazônicas.
Depois de aLguns minutos, olhei pra o chão e vi  pegadas, no primeiro momento achei que eram de cavalos,e me animei todinha. Pelo menos tinha alguma fazenda por ali nas redondezas. Mas depois olhei bem as pegadas e  as achei muito largas e grandes para serem de cavalos.
Meu Deus, são de onças...
Daí gritei para meus netos e  minha irmã: vamos acelerar o passo, pois acho que aqui tem onça.
E criamos uma força para correr  mesmo.
Chegamos  na estrada que vai para Santarém. Testei meu celular e havia sinal, porque até então não havia sinal nenhum de celular.
Liguei para o Luizinho e  pedi socorro.
Em meia hora ele chegou com corda e tudo que precissasse de socorro.
Entramos no caro dele e fomos socorrer meu filho.
Tudo foi dando certo. O carro desatolou e fomos curtir nossa praia.

Lição de vida: não ande por caminhos desconhecidos...


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