NA MINHA FOI ASSIM...
Ao sair para passear no bosque com meus netos, Lucas e Paola, cantando para eles, vi no horizonte a chuva chegando. Pensei: correr não vou, voltar pra casa também não vou e resolvi segui adiante.
O vento chegou, balançando as mangueiras cheias de mangas maduras.
Caiu uma na minha frente, abaixe, peguei, passei na blusa e dei aquela mordida na manga.
Lucas me olhou espantado, nunca tinha visto uma manga cair na frente dele.
Olhei pra ele e falei: o dia que você comer uma manda caída da mangueira, nunca mais vai esquecer como é deliciosa.
Ele não falou nada, ficou na espera da próxima que caísse da árvore e não demorou nem um segundo. Caiu a segunda manga, ele correu, pegou a fruta e deu aquela dentada com gosto e falou: hummmmm que delícia, sabe que você tem razão vovó?
Todas que pudemos pegar, demos conta de morder e comer, foram degustadas por nós. Paola então ficou de boca amarela, mas feliz da vida com tal experiência.
A esperança nasceu em mim dessa forma:
Do momento em que as máscaras do orgulho caem e nos vemos tal como somos: Espíritos imortais em busca da evolução...
Do momento em que minha infância veio à tona...
Do imprevisto que aproveitamos como der e vier...
Dos companheiros de jornada que surgem em nossa estrada da vida...Da providencia Divida que se une ao Universo e nos ampara de amor...
Da sabedoria de encarar quedas como oportunidades de recomeço...
Do som musical que acalma nossa alma.
Porque a esperança é a Luz do Alto a nos guiar...
Nota: Este texto, escrevi pensando na minha infância, quando catava manga que caia da árvore e as colhia pra comê-las. Morava na Rui Barbosa, cheia de mangueiras nas ruas.
Autora: Elcely Dourado
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