Cap. XV.
Mudar de
vida, seria um meio de me abrir para a vida
Quando terminou o ano de 2005, Começo de 2006, comecei
a procurar comprador para meu apartamento, e logo em abril o vendi por R$ 340.000,00 (trezentos e quarenta mil
reais) e comprei imediatamente uma casa nos Jardins Monaco, onde a felicidade
voltou a sorrir para mim. Mas ainda nesse tempo eu ainda era cega pelas
promessas que mal as cumpria. Ele falou: venda o apartamento que eu repasso
para sua pensão os R$1.200,00 do condomínio desse apartamento. Você vai me tirar um peso muito grande de mim
e eu acreditei.
Escolhi uma casa, que não fosse tão grande, mas que me
desse conforto e segurança, por isso escolhi um condomínio fechado, e minha
amiga Mara que foi minha vizinha lá no Jatiúca, também tinha uma casa em frente
a que eu tinha escolhido. Comprei a casa por R$ 290.000,00 (duzentos e noventa
mil) sendo que dei R$245.000,00 e deixei o lote continuar a ser financiado.
Acreditando que aqueles R$1.200,00 seriam para pagar o lote. O que sobrou
mandei colocar armários, cortinas, e demais luminárias que faltavam na casa.
Chegou o primeiro mês, nada dessa quantia na minha
conta. Telefonei para ele e o mesmo falou: Voce assinou isso que eu falei. Se
não tem documento então, nada feito.
Daí em diante foi tudo acontecendo como um tsunami.
FGTR, me cobrando os boletos do lote. Fui falar com ele, José Toledo filho,
afinal ele tinha ficado com a administração de todos os nosssos bens. E se negou
a pagar qualquer coisa de minha parte. Me desesperei e coloquei a
casa à venda. Pois a corretora do
terreno ameaçava tomar a casa.
Ela é linda, a casa dos meus sonhos. Não havia ninguém
que não achasse uma casinha de bonecas, com jardins em flores. Tudo feito por
mim mesma.
Quando lembro, isso me dói tanto que chega a me
sufocar no peito tamanha dor de ficar sem meu cantinho encantado. O Lucas meu
neto, aproveitou tudo que ela pode nos oferecer. Brincava à vontade pelo
condomínio, correndo livre como um passarinho. E ate hoje lembra dessa casa.
Vendi a casa, paguei o lote à vista. Comprei 50
cabeças de vacas nelore e um apartamento de R$120.000,00, somente para ter um
local para ficar aqui em Goiania.
Fui passar uns meses em Santarém, comecei um trabalho
como psicopedagoga e um dia, nesses 6 meses recebi uma denúncia do que ele
estava fazendo com os bens da partilha. No momento fiquei sem entender como ele
faria issso. Mas a gente sabe que tem jeito para tudo, quando se está de frente
ao inimigo, imagina-se de costas o que eles são capazes de fazer.
Uma coisa aprendi com toda essa experiência que
relatarei a seguir.
Maldito o
que confia no homem:
“Não ponha a sua confiança na sua empresa, no seu
emprego, não troque a sua confiança em Deus por nada”. “Não podemos confiar no homem. Não podemos
fazer do braço do homem a nossa proteção. Se confiares no homem, vamos nos
decepcionar”.
Jorge Linhares (do livro: Quatro maldições que podem
ser evitadas)
Chegando em Goiânia, tudo estava errado, condomínios
sem pagar, energia, água, tudo atrasado. Minha pensão não dava para quitar tudo
isso de uma vez. Foi então que resolvi vender o apartamento e o vendi por R$
90.000,00 para uma pessoa muito conhecida nossa.
Não tinha dinheiro para sustentar as vacas nem o pasto
que tinha alugado.
Em 2008, descobri todas as falsificações que ele usou
contra mim mesma. Falsificou minha assinatura e passou todos os bens para o
nome dele.
Fiz a denúncia na 1ª Delegacia de Goiania, como
falsificação de assinatura, falsidade ideológica, e outros que agora nem sei
falar.
O que dói, não é a mentira e sim a traição de fazer
algo tão nojento e corrupto da parte dele e de quem mais tomou parte dessa história
suja.
Eu acreditei no pai de meus filhos e não no meu
ex-marido. Nunca imagieni que um pai seja capaz de lezar seus próprios filhos
em benefício de outros que nada são para ele.
Ele logo que recebeu a primeira notificação para
prestar esclarecimento na delegacia de Goiânia, pegou o celular e gritava aos
berros: você vai continuar jogando m....
no ventilador ... pois eu vou tirar a paternidade de seu filho e vou deserdá-lo.
Eu sabia que estava sendo tudo gravado, pois meus advogados colocaram escuta no
meu telefone fixo. E continuei a conversa. Se você que se diz Pai dele, fala
isso, eu imagino que ele também não sinta que você seja um pai para ele, quando
ele ouvir o que você falou !
Ele me xingava todinha, falava coisas horríveis. Me
ameaçava de morte, de tudo que fosse me acontecer dali em diante.
Fiz outra denúncia, pedindo proteção policial. O
Delegado mandou outra intimação e o ameaçou prendê-lo neste dia e ele teria de
passar a noite dentro da cela da delegacia. Enquanto isso ele passou mal do coração
e teve de fazer exames e constarataram que deveria fazer uma criurgia urgente,
senão morreria de morte súbita. Ate onde isso é verdade ainda não sei. Mas o
processo foi rolando e as falcatruas continuavam se espalhando. Sabemos que quem
conta um conto, aumenta um ponto. Assim foi o processo, fui sendo prescionada
pelos meus advogados, pelo advogado dele e por ele.
Fui entrando em depresssão, pois o que ele fez era
pouco demais, para me fazer sofrer. Resolveu retirar minha pensão, o único meio
de eu me sustentar ele suspendeu por vontade própria por 6 meses. Foram meses
em que deixei de pagar condomínio, aluguel, energia, água, remédios para
pressão e diabetes e alimentação.
Nota:
Enquanto isso a imobiliária ameaçando-me de despejo.
Toda noite o proprietário ia bêbado na minha casa me ameaçar. Isso é porque
quando eu vendi minha casa do Mônaco esse mesmo corretor e proprietário de tal
imobiliária, me roubou R$16.000,00 (dezesseis mil reais), me ameaçando
processar porque ele tinha contrato de vender a minha casa, o que na verdade, quem vendeu a casa fui eu. A
nova proprietária é testemunha disso. Fiz negócio particular e diretamente com
ela.
Mas ele usando de minha ingenuidade e burrice, levou
meus R$16.000,00 ameaçando-me denunciar
para a associação dos corretores de imóveis.
E para me livrar de mais essa pressão concordei e
paguei o desgraçado.
O dia da decisão final chegou, com uma
intimação judicial em que deveriamos decidir ou então todos os bens iriam a
leilão !
É claro que concordei com ele em fazer
de conta que decidimos nos mesmo a não fazer partilha e continuar como está ate
hoje. Ou seja, do mesmo jeito que antes. Com uma pensão desajustada, desde 2000,
sem reajuste nenhum.
A promessa de um carro, FICOU POR MUITO TEMPO SOMENTE NA PROMESSA.
Moro num apartamento que está no nome dele e ate
quando isso vai ficar assim, ainda não sei. Acho que o tempo vai se encarregar
de resolver isso para nós.
E enquanto isso a banda toca...
E aprendi que:
Bendito o
homem que confia no Senhor e cuja esperança é o Senhor.
“Porque ele
é como a árvore plantada junto às águas,
que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas
sua folha fica verde; e, no ano de sequidão, não se perturba, nem deixa de dar
frutos”
Jorge
Linhares.
E para terminar esse relato tão dolorido em nossas
vidas: Faço uma oração:
“Deus pai, dono da minha vida, ensina-me para que eu me
guarde do pecado e que nunca me desvie dos teus caminhos.
Meu Deus, eu não quero jamais fazer a tua obra relaxadamente.
Tudo que vier às minhas mãos para eu
fazer quero fazer com zelo, trabalhando para o Senhor. E se acaso sofrer
injustiças, sei que tu me recompensará. O Senhor é o meu Advogado.
E agora, ó Pai, peço-te que me perdoes pelas vezes em
que eu confiei no homem, mas do que devia”.
Jorge Linhares.
Fonte: Do livro: O Amor Ensina (para minha família).
Autor: Elcely Dourado
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