Agradecimentos:
Sempre que se
termina um livro, isso dá lugar a tamanha sensação de gratidão, que dizer
simplesmente obrigada, soa inadequado.
Mas
algo tenho à revelar nesta última página do livro: O Amor Ensina: Ao iniciar
este livro. Não tinha nada disso na minha cabeça, no momento passava por uma
crise imensa de desamparo, de desamor, de falta de carinho, de tristezas,
enfim, a produção desta obra, veio
acalentar meu pobre coração. E as pessoas que participaram desta obra, já
perceberam que são pessoas especiais e como é enorme minha gratidão. E revelo
desde já, hoje, outubro de 2011, passei por várias etapas para chegar nessa
página, terminei o livro. À seguir vai o relato final de toda
essa trajetória que passei..
Ancorado no gelo
Nesses caminhos que percorremos, acabamos por
compreender que a vida ensina, mesmo com amor ou por amor ou pela dor. Foi num domingo de muita harmonia em meu lar,
dia 13 de dezembro de 2009, nos reunimos num pequeno apartamenTo em que morava
de aluguel, esperando a decisão judicial sobre meu caso. Fiz um belo almoço
atípico, pois realmente não gosto de fritar bifes, pois não tinha exaustor
nessa cozinha e detesto gordura impreganada nos móveis. Bem, venci esse preconceito por amor aos meus
filhos, netos, nora e genro. Comprei uns bifes de carne de boi enormes e ovos.
Resolvi fazer bifes à cavalo. Fritei os
bifes e os ovos um a um e montei os pratos individuais, foi muito engraçado,
porque nunca me viram fazer esse tipo de prato.
Sentaram
na mesinha que tinha para nossas refeições. Detalhe sentaram somente, meu filho e andre, meu genro, pois o
máximo de espaço que tinha na mesa, só daria para eles dois, o restante foi
para o sofá, banquinhos e outros. Foi o
melhor almoço que ofereci aos meus queridos.
Foi muito divertido o desenrrolar do almoço, repeti
varias vezes para cada um os bifes e montei os pratos conforme iam me pedindo.
Eu fiquei tão feliz que nem lembrei de almoçar. Fiquei a olhá-los muito
encantada com o efeito do meu cardápio. Chegou a tarde, leticia e andre
precisavam ir embora, pois de Goiânia para Mineiros seriam uns 400 km de viagem
e precisavam chegar antes de anoitecer. Eles arrumaram as malas, se despediram
e foram embora, e eu chorando como sempre. Fui para a cozinha limpar a bagunça
que eu mesma fiz. Arrumei tudo e lá pelas 22 horas é que terminei com tudo
limpo e no seu lugar. sou assim, papel perfex.
Fui tomar um banho para me deitar. Passei meus cremes, pois a vaidade não me
abandona jamais. Puxei os lençóis da cama e deitei-me. Meu Deus. Passou um
furacão em cima de mim. De cima pra baixo, nos meus pés senti uma agonia tão
grande, um desespero, uma sensação de morte, horrivel. Meu coração acelerou,
fiquei com muito frio, e sentia a pior sensação que uma pessoa pode sentir, a
presença da morte. Levantei, gritei pra Larissa que ja estava de camisola para
dormir e o Lucas de pijamas.
Filha, pelo
amor de Deus, me leva à sério, agarrando-me nela. Me leva pro hospital do
coração aqui perto. Fui para o Hospital do coração, e acredite se quiser, la
não tinha nenhum aparelho que pudesse diagnosticar qualquer emergencia causado
por infarto. Meu filho chamou uma ambulância e me levaram para outro hospital
com mais recursos. La fizeram o cateterismo e me doparam ate amanhecer o dia.
Detalhe: nesse intervalo eu só sabia gritar que estava
morrendo, o coração acelerado, pressão altissima e tudo descompensado em meu
organismo. Amanheceu o dia, fui levada para um quarto normal, meus filhos ao
meu lado e muito aflitos, pois não tinha um diagnostico preciso. Nada de anormal no coração, portanto eu não
tinha nada fisico. Voltei para casa sem medicamentos. E assim se passaram mais
dias com esses mesmos ataques. Ate que finalmente minha amiga Ana Maria
Cordero, pediu ao seu ex-marido, Dr. Edson Cavalcante, Neurologista, me atendeu
e falou: é Pânico, o tal de sindrome do Pânico. Pegou sua receita azul e
medicou-me o qual fui imediatamente comprá-los e nessa noite dormir feito um
anjo. Finalmente meu cérebro descansou. Para quem não sabe o que é Sindrome do
panico, por favor, va la no google e pesquise sobre tal assunto. Não vou negar
que de vez enquando sinto algumas coisas estranhas, mas levemente o que eu sentia
antes de ser medicada.
Hoje, dia 10 de julho de 2012.
Enquanto esse tempo
passava, apegei-me à Deus, pela dor de não ir embora agora, fui tentando entrar
em meu próprio equilibrio, pois a sensação é de perda de todos os sentidos:
tato, paladar, amor, desamor, cheiros, frio, calor, enfim tudo que uma pessoa
normal, sente, eu tinha perdido. Nada me importava, perdi varios quilos, fiquei
com uma aparência de louca, porque eu mesma não me olhava no espelho com medo
de mim mesma. Jamais chegava perto de uma janela, com medo de me atirar abaixo.
Mas dai surgiu a vinda da minha neta Paola, minha nora me deu o prazer de
depois de dois meses entregar aos meus cuidados sua filha com meu filho, Paola.
Todos os dias ela chegava cedo para que
eu cuide dela. Isso foi a melhor coisa que me aconteceu. Com essa procupação eu
não me permitia sentir nada que atrapalhasse cuidar dela. Com toda
responsabilidade que deveria ter. Hoje ela tem 1 ano e 10 meses, ela está dormindo
no meu quarto, com ar refrigerado ligado e muito a vontade, saudável e feliz.
O que realmente desejo dizer aqui: Meu quebrantado
coração, se acalmou por amor e pelo amor de meus filhos, genro, nora e netos.
Obrigado Senhor... Que o espirito Santo ilumine nossas
vidas !
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