terça-feira, 24 de julho de 2012

ESCREVO PARA NÃO TE ESQUECER


Escrevo para não esquecer, quando te vi pela primeira vez.


Mais ou menos junho de 1969. Com 17 anos de idade, e com a experiência de uns três namorados. Minha amiga Ana Tereza, falava: quem passar de 7 namorados é galinha e eu não querendo ser taxada de galinha, resolvi, ficar uns tempos sem namorado nenhum. Cursava o 1º ano do curso Pedagógico, no tradicional Colégio Santa Clara.
Na casa de meus pais, o incentivo para os estudos era muito grande. Inclusive nós tínhamos uma sala que a denominávamos de “sala de estudos”, (biblioteca). Eu estava estudando nesta sala, fazendo minhas tarefas escolares, lá pelas onze horas da manhã e ao olhar pela janela da sala que dava para a rua eu vi um casal passando do outro lado da rua. Aquele casal me chamou a atenção. Primeiro, eu conhecia a moça, mas o rapaz nunca o tinha visto. Interrompi tudo e chamei minha irmã Eliana que até hoje a chamamos de Nêga. E gritei, feito uma louca: Nêga, Nêga, vem cá, por favor e rápido. Ela veio imediatamente  a tempo de ver o casal passando de mãos dadas na rua e fui logo perguntando olha aquele casal ali, quem é aquele rapaz. Ela sorriu e falou hummm, esse é o Paulo Meneses! Eu tornei a perguntar, mas quem é esse Paulo Meneses. Ela respondeu: é o namorado da Ruth. Eu falei na hora: “era namorado da Ruth, agora ele vai ser meu, kakakak”.
Rimos muito do modo como eu me expressei, sem pensar e na hora do almoço, minha irmã comentou na mesa e todos em vez de me criticarem, falaram: “coitada da moça, vai ficar sem o namorado... Nessa época Paulo era soldado e servia o tiro de guerra.


Paulo Meneses, com 21 anos de idade

Nota: esse texto é só o primeiro de muitos que ainda virão. Escrito por Elcely Dourado. Lembrando que: Se meu mundo era encantado, onde tudo era belo. Até que a própria vida se encarregou de por tudo à  perder. E assim, tudo vai ficar por conta de EMOÇÃO...

“Queridos leitores, ao contrário de muitas histórias de amor, essa não termina com um final feliz, mas tem a busca de um recomeço feliz, porque não saber o que fazer com a dor e a alegria, o melhor que se tem a fazer é buscar ajuda na escrita, e é isso que vou fazer ate o final deste livro e quem sabe, nesta busca encontrará o olhar de meu filho, Paulinho”.     

Fonte: Do livro: "Memórias de Paulo Meneses, para seu filho, Paulinho !    

Eu sou Elcely         

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