Cap.II.
Busco ajuda de todos os lados, psicológicos, espirituais...
Síndrome do pânico, inquietação, angústia, choro fácil
(sem motivo aparente fobia, isto é, mal-estar em locais públicos (cinema,
shopping, shows, instabilidade de humor
(humor extremado), costumam ser os sintomas clássicos de um médium em desequilíbrio.
Mas, por quê. Pelo que tenho vivido ultimamente, ou seja, últimos 20 anos de
minha vida tenho estudado muito sobre o assunto. São dois os fatores que causam
esses transtornos:
1)
Assédio espiritual: por conta dos canais mediúnicos abertos, esses médiuns são
constantemente atacados por seres das trevas sejam obsessores espirituais
(desafetos do passado do paciente, em que foram prejudicados pelo mesmo e, com
isso, buscam prejudicá-lo e, movidos à ódio e vingança, querem acertar as
contas) ou espíritos oportunistas, que querem um auxílio, um amparo espiritual.
2)
Não cumprimento do acordo feito no Astral: por terem prejudicado e gerado muito
sofrimento às pessoas em existências passadas; para repararem esse erro, no
Astral, firmaram juntos com os seus mentores espirituais um acordo, um
compromisso de trabalho espiritual como médiuns ao reencarnarem nesta vida
terrena seja em incorporação, ou mesmo em cura, através da imposição das mãos,
ajudando os necessitados. No entanto, por indulgência, rebeldia, teimosia,
imaturidade espiritual, falta de esclarecimento, preconceito, receio de
assumirem responsabilidade como médiuns-, ignoram, negam ou fogem dos trabalhos
mediúnicos nos centros espíritas Kardecistas, Umbandistas, etc. Preferem,
portanto, o caminho da dor, do sofrimento, em vez de seguirem o caminho do
amor, da boa vontade, exercendo a mediunidade no auxílio ao próximo.
Tudo isso ouvi de uma Senhora, que é a administradora
do Centro. Infelizmente, é nessa condição que a maioria de pessoas; médiuns
procuram ajuda espiritual. Recordo-me de que procurei ajuda porque sentia que
estava perdendo a audição, e na minha família é comum esse problema genético.
Clinicamente, os exames feitos pelos médicos não acusaram nenhuma lesão ou
quaisquer distúrbios orgânicos em meu aparelho auditivo.
Após alguns sonhos repetidos, foi-me mostrado uma; cena
da vida pretérita, disseram-me que hoje minha cura auditiva dependia da cura
dos necessitados, caso viesse a trabalhar no centro espírita. Ou seja, estava
tendo novamente a oportunidade de exercer a minha mediunidade ouvindo, ajudando
os mais necessitados, desta vez com interesse genuíno em ouvi-los e ajudá-los de
Síndrome do pânico, angústia, inquietação, choros constantes sem motivo
aparente, tudo por não estar exercendo a minha mediunidade, compromisso firmado
com o meu mentor espiritual no Astral. Esse é meu caso clínico. Compromisso
espiritual com a mediunidade.
Mas algo me incomodava. Não consiga
entender... é como se não quisesse ver. É uma coisa ruim, mas gostaria de ver. Eu
me refiro ao que me faz sofrer, ao fato de eu ter essa angústia, inquietação e
crises de pânico. Algo me diz que estou sendo rebelde com o compromisso que
preciso assumir
Que compromisso? Meu trabalho mediúnico. Eu me comprometi antes
de reencarnar, no Astral, a fazer um trabalho espiritual, através de minha
mediunidade.
Em ajudar às pessoas, mas diz que tenho duvidado, não
tenho confiado no Poder de Deus. Eu tenho sido teimosa, diz que não estou
acreditando na importância de fazer esse trabalho para realmente ajudar as
pessoas e também me ajudar. Em vez disso, prefiro me esconder, fugir dessa responsabilidade.
Reconheço que tenho buscado bastante a fé através da prece e das leituras de
literatura espiritual, mas entendo que se realmente quero demonstrar a fé em
Deus, tenho que colocar em prática a minha mediunidade.
Pergunto que tipo de mediunidade preciso desenvolver .
“É a mediunidade de cura, que tanto posso trabalhar em incorporação, bem como
não incorporar, utilizando a cura através da imposição das mãos, orientada
pelos meus guias espirituais”. Onde você posso desenvolver esse trabalho mediúnico? “Afirmam que é na
Umbanda. Por que na Umbanda? - Pergunto novamente “Ele me esclarece que é por
causa dos meus guias espirituais, isto é, os caboclos que me acompanham. Diz
ainda que na Umbanda o meu trabalho mediúnico irá fluir melhor... eu me recordo
que me senti muito bem quando participei dos rituais de Umbanda,
identifiquei-me com muita facilidade com os trabalhos da casa. Ele me diz que é
uma identificação de alma. Realmente me senti muito bem. Já vi um índio quando
estava orando em meu quarto. Ele era lindo, forte, grande, e usava um cocar.
Aliás, a minha descendência é indígena. O meu mentor espiritual pede para que
me firme cada vez mais em Deus, que continue orando, e de uma vez por todas
inicie o mais rápido possível na Umbanda, pois já estou atrasada. Diz que o
tempo urge, que não tenho mais que ficar adiando tudo, como venho fazendo. Diz
ainda que muitos dos meus transtornos, as questões emocionais, ou seja, as
crises de pânico, choro, angústia, inquietação, inclusive os relacionamentos
afetivos mal-sucedidos, irão se resolver através dos meus trabalhos mediúnicos.
Revela também que quando começar a cumprir a minha missão, Deus vai me dar
muitas respostas e bênçãos. Diz que devo colocar minha mediunidade a serviço da
espiritualidade e que o resto virá como consequência. Falo para ele que sempre
pensei que bastava ser uma pessoa boa, cumprir os meus deveres como filha, mãe
e cidadã, mas ele me diz que para mim isso não basta.
Esclarece que a cura que vou proporcionar através de
minha mediunidade será a minha própria cura. Ela fez analogia, explica que
“minha situação é como um a de um vaso que está com água suja, e as paredes
estão com lodo. Então, para que a água fique limpa, devo exercitar a bondade e
o amor ao próximo, que respresentam a água limpa que vou despejar dentro do
vaso”.
Conclusão: “Amigos que me entendem e procuram me
entender. Frequento centro de Umbanda com minha filha, venho de lá leve
e solta, durmo bem, acordo melhor ainda. Passo o outros dias como se deixasse
de carregar uma mochila cheia de pedras. Olho pra vida de outra maneira. E até
minha casa que era da cor cinza, está clarinha, brilhante e harmoniosa”
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