quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O COMEÇO DE UM SONHO MAU.

QUANDO ACHAMOS  QUE ESTÁ TUDO BEM...

Um dia sem querer tudo muda. É como uma estrada, que seguimos em frente.  Se conhecemos o caminho está tudo bem, mas se não a conhecemos por onde estamos a percorrer, podemos ter muitas surpresas, tanto boas quanto  más. E assim é o caminho da nossa vida.
Hoje estamos bem, saudáveis, felizes, fazendo tudo que gostamos e no outro dia acontece algo que vem mudar todo o rumo de nosso caminho.
Foi num dia 14 de março de 1994.
Ele chegou e falou, vamos jantar  e dar umas voltinhas por ai?
Eu estranhei, isso não era o normal dele. Geralmente chagava cansado, irritado com algo no trabalho e mal me dava atenção.

(NOSSA FAMILIA - PAULO, LARISSA E LETICIA NA ÉPOCA)
Tem gente que ao olhar essa foto, fala o seguinte: tem um intervalo entre Leticia e Paulinho, sera que é a foto dele que falta ai, tem o lugar mas ele não tá ai !

Já chegava em casa, observando se havia algum defeito ou problema para arrumar encrenca. Sempre de mau-humor,.
Telefonando aos amigos da cidade que ele, estava pela área, ou seja, estava disposto a  sair com eles, menos comigo, pelo menos era o que entendia.
Aceitei o convite com a seguinte atitude, arrumei-me todinha, bem bonitinha, e fomos para um bar perto de casa. Mas logo em seguida saímos desse bar-restaurante, não sei o que ele viu e me levou para outro lugar.
Começou a falar coisas estranhas, rodeando demais para chegar onde queria realmente falar comigo.
E falou sem interrupção: EU TENHO UMA FILHA FORA DO NOSSO CASAMENTO, EU FUI AMANTE DE FULANA, FULANA, FULANA E NUNCA FUI FIÉL À VOCE !
Eu simplesmente, não falei nada, nem tinha começado a jantar. Levantei-me da mesa, peguei um taxi e fui embora para casa.
Lá eu o deixei, no restaurate sozinho.
No dia seguinte  (15 de março), eu fiquei achando que tudo aquilo era um grande pesadelo, que ele não tinha falado nada daquilo e passei a manhã calada, sem falar nada, nem com ele, nem com meus filhos, que até então nada perceberam.
Nessa mesma manhã, fiquei muito pensativa e so queria me afastar dali, mas sozinha, sem ninguém. Foi então que arrumei uma mochila com alguns pares de roupas e peguei meu carro e fui em direção a estrada de São Paulo. Andei uns 130 km e comecei a mes sentir mal. Foi me dando um medo e logo que vi uma entradinha para minha esquerda, fiz a curva e entre nesta estrada.
Entrei num posto de gasolina e pedi informaçõs sobre um hotel e o frentista falou logo adiante tem um, o melhor da cidade.
Chegando la, fiz minha ficha, fui para o quarto e logo começou uma louca dor de cabeça.
Desci do hotel e fui a uma farmacia ao lado do hotel e comprei neozaldine e tomei dois comprimidos.
Dormi ate de noite e quando acordei não lembrava de jeito nenhum onde eu estava e o que fazia ali.
Me desesperei.
Fui  na portaria do hotel e chorando perguntei pra moça onde era ali. Ela me olhou estranha e falou, voce veio de tarde, logo depois do almoço e pediu um quarto.
Um senhor se aproximou de mim e falou. A senhora está com uma jóia muito valiosa na orelha, eu conheço porque sou vendedor de diamantes e acho perigoso a senhora usar isso por aqui.
Foi ai que eu pedi ajuda aquele senhor, falei que não sabia porque estava ali. Então ele falou, tenha calma, nos seus documentos a gente vai encontrar algo.
Dei meus documentos para ele logo achou o telefone de casa.
Foi quando ligou pra meu marido e falou o que estava acontecendo.
LOGO EM SEGUIDA UMAS DUAS HORAS DEPOIS ELES ESTAVAM NO LOCAL E ME LEVARAM PARA CASA
já cheguei dormindo.
E no outro dia era como se nada tivesse acontecido. So me encontrava muito deprimida e um pouco sem entender nada do que realmente estava acontecendo.
Hoje sei que é FUGA DAQUILO QUE NOS FAZ SOFRER !
Até então esse dia, tinhamos 17 anos de casamento. Eu considerava que jamais acabaria. Pois,  para mim ele era o marido ideal, me dava tudo que eu precisava, bom pai de familia, mas um pouco seco tanto comigo como com os filhos. Na verdade nós nos acostumamos assim.
Como bom pai e bom marido tirava um dia do mes, que dizia: 'HOJE VAMOS FAZER A COMPRA DA FELICIDADE'.
Aquilo era festa, e íamos todos juntos a um grande supermercado que no mínimo tínhamos para encher três carrinhos daqueles grandes: balas, chocolates, biscoitos e tudo que para crianças é muito bom !
Havia dias que era tudo alegria, e havia dias que tudo era  uma grande confusão.
Eu sempre dizia amem pra tudo que ele planejava. Era como se fosse um grande favor ele pensar por  mim.
Hoje sei que nossa vida era uma grande INSTABILIDADE EMOCIONAL, dependíamos do tal comportamento BIPOLAR QUE ELE DEMONSTRAVA. 
OS ANOS SE PASSAVAM SEMPRE ASSIM, SEM MUDANÇAS. 
Fui chegando ao ponto de não desejar mais que ele viesse. Porque ficava nervosa, só de saber que no outro dia cedo tínhamos feira pra fazer, e isso significava acordar cedo. Na verdade somente fazíamos companhia e tinhamos interesse no pastel dessa feira que ate hoje adoramos.

Fiquei varios anos sofrendo, sentindo  medo, ansiedade, depressão, me perdia nas ruas de Goiânia com muita facilidade, aos poucos perdendo todo meu equilibrio, mental, físico e emocional.
Hoje depois de muita atenção de medicos psiquiatras, fiquei sabendo que isso tambem era um tipo de violência doméstica, sofria com tudo que ele me contou e guardei na memória como se fosse um grande pesadelo.

Ele não passava natal, nem dia de pascoa, nenhum aniversário, sempre arrumando uma desculpa para estar bem longe de casa.
Descobri numa conta de telefone,  la na cidade dele, com inúmeras ligações para uma pessoa que eu conhecia e acabei descobrindo que eles estavam de caso. Eu a conhecia havia 13 anos, quando era cassada com um amigo dele e que ficou viúva. 
Do ano de 1994 pra o ano de 2005.
Eu so fazia o que eu queria e e achava que estava certo.
Foi tudo desmoronando.
Não o respeitava como um ser humano.
Pra mim ele deixou de ser aquele homem da minha vida todo certinho e cheio de moral.
Comecei a olhá-lo como um animal.
Para mim tudo acabou.
Amor, respeito, equilibrio, harmonia, cumplicidade, companheirismo, enfim, tudo que um casal almeja para sua familia.
Enquanto isso meus filhos, passaram pela adolescencia, e ficaram uns jovens tristes e principalmente a filha do meio, que foi cada dia se afastando de mim e começando a ter problemas serissimos em relação mãe-filha.. 

Mas Deus olhou por nós e nos deu mais essa chance.
Meus outros dois filhos, fazendo coisas que eu nem imaginava, mas graças ao bom Deus, nunca se meteram em encrencas que tivessem um ponto final
Fui pra faculdade de 1998 ate 2004, fazendo graduação e pós-graduação.
Foi o melhor período que eu tive na vida, depois daquele pesadelo todo.

No ano de 2004 pedi o divórcio e ele aceitou e eu aceitei tudo como ele queria, so pra me livrar o quanto antes daquele compromissso. Era pesado demais. Tudo era insuportável.
Ja não tinha prazer ir pra Fazenda. O que pra mim era aguardado com tanta ansiedade, pois adorava o campo e assim eu desestressava um pouco do barulho da cidade.

Veio o ano de 2005 e o divórcio homologado.
Passei a chamar-me: ELCELY SOARES DOURADO.
Neste mesmo ano, minha filha Letícia tinha o casmaneto marcado para o dia 17 de dezembro de.

A partir daqui relatarei em outra página tudo que aconteceu neste casamento.

Nota: Este texto será a  introdução do meu livro que irei lançar brevemente:
O AMOR ENSINA !

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